Green Day no Brasil!

Tive que fazer essa montagem
por que BR é BR heuehuhuheu

Uhu! De vez em quando alguma coisa legal acontece nessa bola de lama que é o Brasil, e em 1998 essa coisa foi o Green Day. Eu tava estranhando que eu não tenha feito uma matéria sobre a vinda da banda pra cá então vamo que vamo. Não sei exatamente que dia eles chegaram aqui nem quando foram embora, mas eu sei que a temporada de shows aconteceu em Novembro e passou por Belo Horizonte,  Rio de Janeiro e claro, São Paulo durante a turnê Nimrod.

Os shows ocorreram primeiro em Belo Horizonte em 5 de

Cartaz de divulgação do show no Rio

novembro, e um dia depois eles já estavam no Rio de Janeiro, fazendo outro show (isso que é energia!) na casa de espetáculos Metropolitan,  onde hoje é o Citibank Hall, e nos dias 7 e 8 estavam em São Paulo. A divulgação aos shows nem foram tão grandes, até por que eles não eram tão populares na época comparado a como são hoje. Só houveram divulgação na MTV Brasil e na Rede Corno Globo no Video Show. 

Fora essas duas emissoras, a Radio Rock ''98 FM'' de Belo Horizonte modificou um carro da estação pra divulgar esse evento histórico:

Huehueuhe colaram um cartaz no capô '-' Poxa cadê o Luciano Huck nessa hora?

E não tinha desculpa pra não ir, por que o ingresso custava

Ingresso do show em Belo Horizonte

 só 20 reais e os shows costumavam ser praticamente vazios, já que os BR não conheciam o GD em sua maioria, então o risco de ser pisoteado até a morte era mínimo. Só me corrigindo, só custava 20 conto em Belo Horizonte, em SP e RJ o preço oscilava entre 40  e 35 reais, o que prova que só tem ladrão no sudeste PQP ¬¬

Ingressos do Show no Rio de Janeiro:

Eu falei que tinha algumas regrinhas? Não? Pois tinham.

Porra, por que se não tivesse regras não seria o Brasil. E se não tiver regras bobas menos ainda, como por exemplo não poder levar câmaras fotográficas por ''questões de segurança''. Agora eu pergunto, por que diabos seria perigoso levar uma câmara? O público podia tacar ela nos membros do Green Day? Pô tanta coisa pra jogar vai jogar uma câmara que custa uma fortuna? Tanta pedra pesada por aí... Mas Br que é Br sempre dá um jeito de trazer escondido e tirar umas fotos HAUEHAUEHAUEA:

Beleza,  já foram foto demais, vamos voltar ao assunto. Onde eu tava memo? Ah, sim. Uma rápida googlada me proporcionou o setlist dos shows, e aqui está:

1. Nice Guys Finish Last
2. Hitchin' A Ride
3. The Grouch
4. Geek Stink Breath
5. 2000 Light Years Away
6. Longview
7. Welcome To Paradise
8. Trechos de covers: Iron Man (Black Sabbath), Master of Puppets (Metallica), Eye of the Tiger (Survivor) e Rape Me (Nirvana)
9. Brain Stew
10. Jaded
11. Knowledge
12. Basket Case
13. She
14. Prosthetic Head
15. Redundant
16. Scattered
17. Platypus (I Hate You)
18. King For A Day
19. When I Come Around
20. Good Riddance (Time Of Your Life)

Sem contar com a tradicional destruição dos instrumentos que eles faziam no final dos shows. Algumas pessoas eram autorizadas a bater fotos, que eram fotógrafos profissionais e pra não serem confundidos com alguém da platéia usavam um adesivo como esse abaixo:

Eeeeeee...  quem era da equipe tinha que usar um adesivo de acesso ao palco também:

Quanto desconfiança com o povo hein '-'

Mesmo    trazendo   câmaras  escondidas, ninguém  se deu o trabalho de filmar alguma performance dos  shows. O  único registro  em  vídeo  é  dessa  entrevista  que  fizeram para a MTV:

 

Tem um vídeo em que mostra eles tocando Reject em São Paulo, mas eu duvido porque no vídeo ele está com o cabelo preto e nessa turnê ele tava loiro, ou será que ele muda de cor de cabelo em velocidade master?

Duvido também que o áudio é de verdade.

Vejamos... Falta mais o que? Nada. Tudo o que você precisa saber tá aí. E tenho umas fotos legalzinhas aqui de bastidores:

 

A grande maioria dessas fotos foram tiradas em hotéis em onde eles se hospedaram, e só pra deixar claro que eu não tenho 100% de certeza que essas fotos foram feitas no Brasil ou em outros países da América do Sul por onde eles passaram, mas só por garantia tá aí. Boatos dizem que essa fotos aí de cima do Mike  foram tiradas quando ele saiu do Hotel onde estava e foi até a fila do show deles dar autógrafos aos fãs! Êta humildade do Mike! E pelo o que tudo indica o resto da banda também. E adivinha: fizeram isso DE GRAÇA.

Também fizeram umas camisetas que...hããã... bem... fazer o que?

Um pouquinho de criatividade e dedicação cairia bem né?

A revista Showbizz fez uma  matéria sobre a passada do Green Day em terras brasileiras. Tá longa e deve ter dado trabalho pra repassar isso tudo para a internet. Tenham consideração pelo trabalho do cara que transcreveu e leiam:

"A festa começou mais cedo, quando três roadies do Green Day invadiram o palco para um showzinho de abertura. Uma faixa os identificava como Lub' Machine (corruptela de Love Machine, "máquina do amor"). Apesar do nome nada punk, a "abordagem musical" era a mais desleixada e ignorante possível - exatamente o que um roqueiro adolescente quer. Maltratando dois acordes por canção (ou quase isso), os roadies fizeram a molecada enlouquecida pular feito pipoca. Depois de 20 minutos, estava feito o aquecimento.

Billie Joe, Mike Dirnt e Tré Cool entraram e emendaram, de enfiada, as três primeiras músicas do álbum Nimrod: "Nice Guys Finish Last", Hitchin' A Ride" e "The Grouch". Só então, o cumprimento, por educação: "Alright, fucking Rio!" Entre sucessos - ou clássicos, neoclássicos - como "She", "Welcome To Paradise" e o atropelo matador "Basket Case" (todas de Dookie, de 1994), Billie, pândego, brincava de Tom Cavalcante, fazendo imitações. "The beautiful people, the beautiful people", bafejou ao microfone, citando Marilyn Manson. Depois ofereceu provinhas de riffs famosos do rock pesado, todos recebidos com muita vibração: "Iron Man", do Black Sabbath, "Rape Me", do Nirvana, "Eye Of The Tiger"? Sim, aquele exemplo máximo do rock farofa e oligofrênico dos anos 80, tema do filme Rocky 3. "Não vamos tocar p**** nenhuma de metal aqui!", anunciou BJ em seguida.

O baixinho sabe muito bem que está ali pra entreter a platéia. Usa todos os golpes e brincadeiras da história do rock: pede para o povo cantar junto, para levantar os braços, diz que não está ouvindo direito quando respodem, convoca moleques para tocar sua guitarra. Há quem chame isso de populismo e apelação. Mas atitudes como a de brincar com "Eye Of The Tiger" deixam entrever um humor cínico vários pontos acima do QI dos que patrulham o Green Day como "traidor" ou diluidor do ideais punks.

O trio veio para divertir e para esculhambar com tudo - inclusive com um espírito sisudo e pretensioso que, este sim, desvirtuou o que inicialmente era apenas rock debochado. Quem não entende a piada do punk jamais vai adimitir o que acontece no palco a partir de "King For A Day", música que canta os prazeres de... se vestir de mulher - sem culpa e sem conotações homossexuais, só pela farra. Pois bem, nessa hora o trio é reforçado por um trombonista vestido de chili e um trompetista de abelha, dançando ridicularmente e sacudindo as anteninhas tipo Chapolim.

Se Billie Joe não tivesse vestido, uma por cima da outra, nove camisetas suadas que lhe foram atiradas da platéia, talvez tivesse sido ofuscado pelo carismático bichinho. Mas até mesmo um show iconoclasta precisa de um pouquinho de hierarquia. Com um visual meio mendigo, meio múmia, o cantor e guitarrista fez 6 mil pessoas cantarem, pularem e morrerem de rir.

O final pastelão, com o quebra-quebra de instrumentos promovido por Tré e por Mike, não deixou opção para o bis: só sobram Billie e sua guitarra, para tocar "Good Riddance". O que no disco Nimrod é uma balada acústica ganhou um banho de distorção e encerrou uma noite que honra o significado da palavra inglesa show.

No camarim, onde recebeu do presidente da WEA Music, Sérgio Affonso, o disco de ouro pela vendagem do álbum Dookie, Billie Joe estava um caco. Mesmo assim, fez questão de estourar um champanhe - importante: sem molhar ninguém da gravadora - e de agradecer: "Estamos viradaços, não dormimos quase nada. Tocamos ontem em Belo Horizonte - o som estava uma m**** -, viajamos direto e não deu para ver nada do Rio. Mas a platéia foi excelente!" Mais entrega, impossível."

Dei até uma reduzida na fonte pra não ocupar muito espaço na  matéria. Agora sim cabô tudo. Tudo que eu sei sobre o evento maravilhoso que aconteceu em 1998 no Brasil eu contei pra vocês. Agora é hora de mostrar as fontes  , por que sozinho eu não descobri isso tudo. Foram um monte, então vou listar:

1. Blog Green Day Brasil
2. Blog Green Day Nostalgia
3. Omset's Blog
4. Green Fucking Day
5. 90% das fotos eu kibei da Army of Green Day

Nhé... nem foram tantas assim. Tá faltando alguém? hmmm... não. Então foi isso. Xau que vou jogar uns videogames :3 Se quiser dar sugestões, críticas, xingamentos, ou saber o preço da maconha ( aproveite que estamos em promoção) é só comentar aí embaixo ou mandar um e-mail para greendaydasantigas@yahoo.com.br.

Tio Slappy ama vocês <3